Em processo de reestruturação, Eneva vai vender ações de Pecém II

12 de maio de 2014 0 Por redacao

voltagem3A Eneva (antiga MPX) anunciou nesta segunda-feira (12/05) o seu plano de reestruturação, que prevê aumentar disponibilidade de caixa e fortalecer a estrutura de capital. Um dos principais pilares desse plano é a venda de 50% a 100% das ações da UTE Porto de Pecém II (360MW).

Entre as ações, destacam-se ainda o aumento de capital privado a ser integralizado em dinheiro, no valor de até R$316,5 milhões. O valor por ação será de R$1,27 (preço do fechamento de 9 de maio na BM&FBovespa). A empresa alemã E.ON, acionista majoritária da companhia, se comprometeu a subescrever até R$120 milhões.

A venda da termelétrica está no escopo do aumento de capital fase 2, estimado em R$1,5 bilhão, descontado o montante inicial, dos quais a E.ON subescreverá R$450 milhões em novas ações. A companhia alienará entre 50% e 100% das ações de emissão de Pecém II por meio de um processo competitivo com a participação de potenciais investidores interessados. “A E.ON se obrigou a conceder uma garantia backstop pela qual, sujeito a determinadas condições suspensivas, incorporará indiretamente até 50% da totalidade das ações de emissão da Pecém II, bem como um empréstimo intercompany concedido pela Eneva a Pecém II, por meio de uma sociedade de propósito específico a qual terá E.ON e Eneva como acionistas”, diz o comunicado.

O compromisso da majoritária com relação a este negócio não excederá R$400 milhões. Adicionalmente, um financiamento de longo prazo à Pecém II será concedido pelas Instituições financeiras no valor total de R$150 milhões.

As instituições financeiras comprometeram-se ainda a estender à Eneva, sob a forma de um financiamento bridge, a quantia de R$100 milhões a ser repago com a utilização dos recursos do financiamento de longo prazo da Pecém II; e uma reestruturação do endividamento da companhia e de suas subsidiárias no valor de R$600 milhões e uma prorrogação de cinco anos no prazo de vencimento dos empréstimos ainda existentes, com início do prazo para amortização contando a partir de junho de 2017.

Fonte: Jornal da Energia