Brix colocará derivativos financeiros de energia em 2015

1 de outubro de 2014 0 Por redacao

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A plataforma eletrônica de contratação de energia Brix planeja chegar em 2016 à meta original de se tornar uma bolsa de energia. A partir do ano que vem, a empresa já colocará em andamento a oferta de produtos derivativos financeiros para atrair instituições financeiras e bancos para, segundo o CEO, Levindo Santos, pavimentar o caminho traçado quando a empresa foi criada em 2011.

De acordo com o executivo, a empresa pretende lançar a primeira geração de derivativos no ano que vem. Segundo ele, são produtos com risco bilateral, diferente de uma bolsa, cujo risco é multilateral e caracterizado pela existência de uma clearing house.“É uma atuação de mercado regulado de balcão”, resumiu.

Mas, ainda são necessárias aprovações já que será regulado pela Comissão de Valores Mobiliários. “Vamos começar um processo de evangelização comercial com a apresentação desses instrumentos e depois diversificar os produtos disponíveis, mas para isso preciso trazer para esse mercado as instituições financeiras e os investidores”, indicou ele após sua apresentação no 2º Encontro Nacional de Consumidores Livres, realizado pelo Grupo CanalEnergia, em São Paulo.

Os primeiros instrumentos, continuou Santos, serão simples e envolverão liquidação diária, semanal e mensal. A ideia da empresa é de avaliar a inclusão de outros produtos à medida que esses sejam utilizados e apresentem volume de negociação. Essa, porém, será uma fase intermediária que servirá de desenvolvimento para o próximo passo: o de se tornar a bolsa de energia, meta ambicionada desde 2011 quando foi criada a Brix.

Para esse passo, a empresa espera pela clearing house que será utilizada. Na análise do presidente da Brix, há duas possíveis opções. Uma é a clearing da BM&FBOVESPA, mas que precisaria ser aberta a serviços a terceiros. Outra é a clearing que a sócia da Brix, a ICE, está desenvolvendo no Brasil em parceria com outra empresa.

“A ICE nos fornece a tecnologia e é nossa acionista, então isso nos elegeria a ter acesso a uma clearing house”, indicou. “No momento que tivermos essa clearing, daremos um novo salto, mas isso apenas para 2016, não será em 1º de janeiro, mas ao longo do ano teremos isso”, finalizou Santos.

 

Fonte: CanalEnergia