Cemig aposta em expansão na América do Sul
Apesar de ter naufragado o plano de participação do processo de privatização da colombiana Isagen, a Cemig seguirá apostando suas fichas na América do Sul, em especial na Colômbia, Peru e Chile.
De acordo com Luiz Fernando Rolla, diretor de Finanças e Relações com Investidores, a opção por esses países deve-se à estabilidade e similaridade regulatória. Atualmente, porém, não existe nenhum ativo em avaliação. “Queríamos a Isagen, mas não conseguimos viabilizar”, disse referindo-se à colombiana, que detém seis centrais geradoras que somam 2.212MW.
Segundo o executivo, existem muitas sinergias possíveis, a depender da interligação elétrica dos países sulamericanos, que deve se tornar realidade, mas a longuíssimo prazo.
Enquanto isso, a Cemig também olha para o mercado interno. Geração deve ser priorizada dentro do plano de investimentos, até para reposição da capacidade instalada. Por não ter aceitado as condições da Medida Provisória 579/12 – atual Lei Federal 12.783/13 – a companhia devolverá ao governo cerca de 1GW em pequenas e médias usinas no ano que vem.
Em paralelo, a Cemig briga para manutenção de três de suas concessões hidrelétricas inseridas no contexto da MP. A primeira batalha – por Jaguara (424MW) – ja está na Justiça e novos desdobramentos devem acontecer em agosto, após o fim do recesso do Judiciário. São Simão (1.710MW), é a próxima a gerar imbróglio, no início de 2015. A concessão da última UHE, Miranda (408MW), vence apenas em meados de 2016. “Vamos começar pelo trâmite normal, que é pedir a reconsideração ao Ministério de Minas e Energia (MME)”, disse o executivo, que participou de evento em São Paulo, nesta quarta-feira (23/07).
Rolla diz que a companhia tem muito interesse nas usinas do complexo do Tapajós – a primeira dela pode ser leiloada ainda neste ano-, mas que ainda não está articulando parcerias para a disputa. “Estamos estudando a viabilidade”, disse.
Fonte: Jornal da Energia