CPFL Energia tem expectativa positiva para quarto ciclo de revisão tarifária

13 de maio de 2014 0 Por redacao

voltagem2O debate antecipado das novas métricas que serão utilizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o quarto ciclo de revisão tarifária das distribuidoras de energia elétrica, traz expectativas positivas para o mercado, segundo Wilson Ferreira Júnior, diretor presidente da CPFL Energia. A previsão é de que as novas regras sejam apresentadas nos próximos meses.

“O próprio processo de se abrir para contribuições prévias e ter um período de interação maior ao longo do segundo semestre demonstra um nível maior de maturidade da Aneel. E duas coisas importantes são a tempestividade e a forma como está ocorrendo”, explicou o executivo durante teleconferência com analistas nesta terça-feira (13/05).

Entre os pontos em que a expectativa de mudança é positiva, Wilson Ferreira cita a taxa de remuneração para o capital investido pelas empresas, o chamado WACC. A metodologia adotada para a taxa no último ciclo foi a principal crítica dos agentes na época, pela redução de 9,95% para 7,5%.

“No último ciclo o WACC teve um afundamento, e as empresas vêm sofrendo muito em relação ao tema liquidez. Num momento particular como esse (de hidrologia) você tem o esforço de CVA (Conta de Variação de Valores de Itens da Parcela A), tornando o pagamento inviável pela operação do conjunto. A CPFL por conta do grupo, acabou tendo uma condição melhor de exportar, mas como distribuidora, sofre igual”.

Os custos na CVA são relacionados a encargos tarifários do setor elétrico, como de geração termelétrica adicional.

Além desses melhoramentos, o diretor-presidente da CPFL também acredita que os custos não previstos de compra de energia e encargos do sistema, dada a situação do setor, serão considerados para o próximo ciclo tarifário. Ele também espera que haja melhoria dos processos e contabilização da base de remuneração regulatória, separando o balanço econômico do regulatório, buscando assim um incentivo ao investimento e reconhecimento.

“Acredito que o novo Manual de Contabilidade do Setor Elétrico manual vai tornar isso mais transparente. E a palavra transparência tem que ser o estímulo da própria agência para que o processo de revisão tarifária não seja uma surpresa. Para que o valor a ser determinado de revisão seja o esperado tanto pelo mercado, quanto pelos operadores e pela agência. Uma diferença muito grande de expectativa em relação a esses agentes, na minha avaliação, corresponde a processos não positivos”, completou.

Considerando os segmentos de atuação do Grupo – distribuição, geração e comercialização e serviços -, o setor com maior queda no resultado do trimestre foi o de distribuição. O lucro líquido do segmento apresentou redução de 28,5%, com o total de R$251 milhões, e o Ebitda atingiu R$532 milhões, com uma queda de 19,4%.

Em contrapartida, o segmento de geração apresentou aumento de 54,4% no lucro líquido (R$156 milhões) e o de comercialização e serviços, incremento de 244,6% (R$51 milhões).

Fonte: Jornal Da Energia