Distribuidoras cobram diálogo para próximo ciclo de revisão tarifária

11 de novembro de 2014 0 Por redacao

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A 21ª edição do Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica (Sendi) começou em meio ao processo de definição de regras para o 4º ciclo de revisão tarifária e de renovação das concessões. Enquanto o setor defende que devem ocorrer mudanças, o governo ressalta que se não fosse a MP 579 a tarifa da energia estaria quase o dobro mais elevada.

Em seu discurso de abertura, o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, Nelson Fonseca Leite, defendeu que o governo precisa dar o sinal econômico adequado com o 4º ciclo de revisão tarifária. Segundo ele, O modelo regulatório vigente produziu resultados que permitiram busca modicidade tarifária, universalização do atendimento e garantia do suprimento.

Contudo, disse que esse mesmo modelo “ameaça o equilíbrio da saúde financeira das empresas, o que pode comprometer a sustentabilidade dos negócios”. E ainda , “através de um amplo diálogo com todas as partes interessadas, construiremos um novo modelo de negócios capaz de garantir a sustentabilidade do setor”.

Essa tese do diálogo foi defendida pelo presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Junior, que corroborou o presidente da Abradee. Para o executivo, essa negociação entre os agentes é fundamental para o reequilíbrio das companhias e sustentabilidade das concessões. Segundo ele, a busca por eficiência operacional, redução de custos com foco na modicidade tarifária deve ser observada. Mas que esse objetivo não pode impedir ou dificultar a expansão da oferta de energia.

O presidente da CPFL apontou justamente o 4º Ciclo de Revisão Tarifária como uma oportunidade de correção do que classificou como distorções estruturais, recuperando, assim, a credibilidade das empresas e viabilizando a atração de investimentos para o setor.

Por sua vez, o secretario executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou que a MP 579 teve seu efeito positivo sobre as tarifas. Ele voltou a afirmar que se não houvesse sido editada a medida, a energia estaria 98% mais elevada em função da crise hídrica pela qual o país está passando.

Fonte: Canal da Energia