Maiores produtores de cana lideram na geração de energia por bagaço de cana

Maiores produtores de cana lideram na geração de energia por bagaço de cana

18 de março de 2024 0 Por redacao

O setor sucroalcooleiro impulsionou a geração de energia elétrica a partir da cana e São Paulo ampliou ainda mais sua liderança na produção de bioeletricidade para a rede nacional.

A biomassa representa cerca de 5% da energia gerada anualmente e é a terceira matriz elétrica do país, perdendo para hidrelétricas e usinas eólicas.

Dados da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia) indicam que, em 2023, São Paulo foi responsável pela produção e oferta de 12.444 GWh (gigawatts hora), um crescimento de 13,6% ante 2022.

A bioeletricidade é feita a partir de diversos tipos de biomassa, como bagaço e palha da cana, lenha, lixívia, bagaço e palha de cana, resíduos de madeira, capim elefante, casca de arroz, biogás, entre outros.

De acordo com o boletim, mais de 90% de toda a bioeletricidade gerada no país em 2023 ficou concentrada em seis estados: São Paulo (44,2%), Minas Gerais (12,8%), Mato Grosso do Sul (11,9%), Paraná (10,7%), Goiás (9,1%) e Mato Grosso (2,3%).

Para Zilmar Souza, gerente de bioeletricidade da Unica, esses estados são os maiores produtores de cana, o que explica a liderança na geração de energia.

Segundo Souza, o boletim da Unica mostra ainda que o pico da geração de bioeletricidade ajudou a evitar a sobrecarga do sistema hidrelétrico. Em São Paulo, o ápice se deu entre os meses de maio e novembro, durante o período mais seco do ano.

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Alguns estados, por outro lado, tiveram queda na oferta de bioeletricidade em comparação com 2022. É o caso de Santa Catarina, que recuou quase 70% na produção. Em seguida estão a Pará (27,5%), Rio Grande do Sul (13,9%), Bahia (13%) e Tocantins (9%).

Com Diego Felix